sábado, agosto 07, 2010

Viva a República das Letras!

[imagem pública] uma representação
para a República das Letras
O excesso de trabalho no território estes tempos tem me afastado um pouco aqui da companhia dos LesAmis, mas sou persistente e aqui estou de volta para compartilhar uma das ideias mais bem batizadas que ouvi ultimamente: a República das Letras.
Expressão cunhada pelo historiador norte-americano Robert Darnton, República das Letras reforça que o conhecimento deve ser público e nunca aprisionado em um produto comercial. Este ponto de vista está relacionado a uma iniciativa anunciada pela Google que pretende digitalizar todas as obras existentes nas bibliotecas públicas dos Estados Unidos. A grande questão, na minha modesta opinião muito bem pontuada por ele, está no fato de que uma iniciativa como esta pode ao mesmo tempo ser algo muito bom e representar uma alavanca importante para a formação de um monopólio digital.
Darnton esteve na primeira mesa de discussões da FLIP de ontem 6/ago, assim como um dos meus autores favoritos Salman Rushdie, que veio falar sobre seu novo livro de literatura fantástica (Luka e o Fogo da Vida), em lançamento aqui no Brasil) e sobre seu novo projeto: um livro sobre o tempo em que teve de se refugiar para não ser morto por causa de seu livro Versos Satânicos.
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Em tempo, achei bem interessantes algumas das novidades no website da Deutsche Grammophon, entre elas os hotsites dedicados a compositores do ano (Chopin, Mahler) e lançamentos em ópera. Mas fui só eu ou vocês também acharam incipiente demais o nível de interatividade para uma era web 2.0? Também fiquei decepcionada que em 2010, ainda tem empresa lançando conteúdos que só podem ser plenamente explorados com o navegador da microsoft (tentei ouvir minhas playlists com o Chrome, Safari e Firefox, e não consegui) e pior que isso: o internauta nem mesmo consegue dizer isso para o responsável pelo website. Já é um passo importante, mas precisa ser melhor estruturado.

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